apenas stephanie xix

era janeiro, comecinho, olhava pela janela e pensava em como tudo estaria tão bem se ela não tivesse soltado aquela mão.

se o lar é onde mora o coração, este tempo todo foi uma grande aventura cigana, sem nunca enxergar o destino, apenas lembrando que o único lugar no mundo em que ela desejara estar, se transformava agora em seu ponto de partida e ficava cada vez mais distante.

o que fazer para afastar esta angústia por algo que se encontra tão distante? a euforia por dias melhores é tão grande que ela sente suas articulações doerem, tanta ansiedade e medo, e aquela junção eufórica de tristeza com vontade de ficar bem.

é como se a sua força vital estivesse tão reprimida em seu interior que este acúmulo criado dentro de sua alma pudesse tocar a superfície de seu corpo, de dentro pra fora, fazendo uma pressão insustentável.

stephanie não vê a hora de chegar novamente em seu lar, para poder se entregar de verdade e ser feliz como sempre fora, fazendo alguém feliz.

ela não gosta de chorar.